"[...] Teria preferido estar só, mas não quis levantar em seguida, para não me mostrar descortês. O outro se havia posto a assobiar. Foi então que ocorreu a primeira das muitas inquietações dessa manhã. O que assobiava, o que tentava assobiar (nunca fui muito entoado), era o estilo crioulo de La tapera de Elias Regules. O estilo me reconduziu a um pátio já desaparecido e à memória de Álvaro Melián Lafinur, morto há muitos anos. A voz não era a de Álvaro, mas queria parecer-se com a de Álvaro. Reconheci-a com horror."

Jorge Luís Borges, em O Livro de Areia (O Outro)


O homem de labirintos e punhais, perturbado pelos espelhos e pelo tempo.

Conheci sua obra nos úmidos corredores da Biblioteca da Universidade e suas imagens fantásticas e intrincadas nunca mais deixaram de povoar minhas divagações.